" MULHER SEDUÇÃO "

Evaldo da Veiga




Ali é Ela, a mulher que tanto amei, bebendo no bar. 
Naquela mesa tem companhia respirando seu odor de luxúria.
 Impregnam-se de melancolia, fazendo com que, 
gravite em torno dela, uma áurea de tristeza e saudade.
 Oh, como o mundo muda sem avisar.
 Se avisasse, perderia o encanto, e a surpresa 
é elemento de busca e prazer. 
Dói-me ver o quadro, ela cantando, sorrindo,
 e chorando por dentro.
 Pobre mulher, que mesmo assim, ainda exerce tanto atrativo. 
Tem quem a queira e muito...
 Não pelo contato de agora, mas imaginando o que ela foi, 
sentir aquela linda imagem de mulher sedução.
 Uma coisa é inegável, apesar do semblante 
triste e esmaecido pelo tempo, quando ela fala prende atenção, 
o ambiente ganha vida. 
Ela se levanta e ousa dançar, com passos aparentemente tímidos,
 mas é parte da sua encenação. 
Não mudou nada no campo da fascinação. 
Os homens sentem algo indo de fora adentro
 e o tesão se faz presente. 
Que vontade naquela mulher... 
São olhares de cobiça, vê-la nua, sentir bem íntimo seu cheiro 
é o que habita o imaginário dos presentes. 
E os ausentes, se soubessem ela ali, 
estariam circundando, olhando, 
querendo um pouco dela pra si....


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Evaldo da Veiga