SOLIDÃO DA VIDA

Cantei meus versos no mundo do só,
Escondi meu canto no pranto da saudade,
Pintei de azul os sonhos de uma vida.
Por onde andei, apenas caminhei,
Fiz dos meus sonhos meu sol, meu mar
Meu universo,
O meu refúgio, meu céu, meu paraíso.
Plantei na terra dos desconhecidos
As ilusões sem preço e sem retorno
Apenas ilusões.
Cantei meu pranto no mundo do só,
Chorei meu canto pra regar a vida
E aqui no peito sempre tão doída
A dor permaneceu adormecida,
Por ser tão só na solidão da vida.

Brasília, 28/05/2010