ESCRITOR DA HORA (?!) ...

Em meu achômetro a expressão ESCRITOR DA HORA significa alguém que fala e outras pessoas entendem... Mas, não saberia dizer se, esta expressão poderia ser integralmente aplicável a alguém que escreve... Salvo os casos de missas encomendadas...

Cá entre nós, não deve ser, o motivo principal de quem escreve, agradar a cada leitor ou leitora; Muito embora, candidatos (políticos) vivam em busca de agradar cada eleitor ou eleitora... Como não tenho pretensões eleitoreiras ou eleitorais...

Assim, concordo que, de inicio podemos achar os nossos escritos (versos) confusos... Mas, com o passar do tempo, com a interação com outros escritores, leitores, será possível construir o rumo aonde ir navegando o barco dos escritos... Especialmente, quando temos por meta, uma sociedade menos desumana...

Um dos professores de história, falou que, não seria possível analisar o passado, considerando o presente... Assim, não poderia saber como (ou onde) estaríamos se...

Considerando que vamos publicando textos e conferindo o interesse de (prováveis) leitores ou leitoras... Para poder responder se for o caso...

Não nos achamos, com perfil de escritor da hora, considerando que, não temos costume escrever pra agradar quem quer que seja; Muito embora, escrevamos com o objetivo de somar esforços na construção de uma sociedade menos desumana...

Não poucas vezes, temos dito que, se faz necessário considerar (também) as entrelinhas... Afinal, muitas vezes elas podem conter detalhes do que não conseguimos dizer com palavras...

Por isso, posso parecer alguém de esquerda, de direita ou em cima do muro... Afinal, escrever é também uma arte que faz parte da arte de viver... Já pensava assim, quando fui (militante petista), envolvido em movimentos sindicais...

Por exemplo:

Nos reuníamos pra discutir o programa dos treze pontos, quando chegássemos ao planalto; e, destoado da cúpula, pensava no feijão com arroz (literalmente falando) na casa de cada companheiro...

A cúpula falava sobre invasão de fábricas ou de propriedades improdutivas e, destoando da maioria eu calculava os prejuízos de quem investira algum dinheiro na obra...

Por isso, posso me dar ao luxo de parecer ao mesmo tempo, alguém de direita ou esquerda... Entendo que a ditadura militar, apesar de alguns avanços na área do desenvolvimento científico e tecnológico, foi uma página negra na história nacional... Exemplo disso é que nunca foi ponto pacífico entre os próprios militares...

É fácil pensar na (des) ordem e (re ou pro) gresso que ceifava vidas e dependia de baionetas... Por isso não me satisfaria em ser um escritor da hora...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 27/05/2010
Reeditado em 27/05/2010
Código do texto: T2282764
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