[Nos Entornos de Mim: Confissões]

Eu não me levo a sério... ou estaria louco!

Eu não me gosto, pois não posso gostar de um desconhecido.

Eu sou como todo mundo - eu quero - portanto, basta, está justiifcado; o Imperativo Categórico de Kant que vá à merda!

Eu volto sobre os meus próprios passos - que mal há em errar duas vezes?!

Eu não consigo dizer toda a verdade - um resíduo fica...

Eu não consigo resistir a essa vontade de chutar a bola do mundo...

Eu não seria vizinho de mim mesmo... vizinho bom, é vizinho morto!

Eu confesso... confesso que sou ambicioso, arrogante, maligno, às vezes...

E faço sim, confissões... mas só à lua que não tem luz própria!

Eu revelo que tenho grande admiração pela frase atribuída a Nero:

"... que grande artista o mundo vai perder!"

Eu não diviso nada de interessante nos entornos de mim,

pois estou sempre muito ocupado tentando ser-me...

Eu já disse, repito: sou o louco d'aldeia!

... continua... sei lá se continua...

[Penas do Desterro, 26 de maio de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 26/05/2010
Reeditado em 10/04/2012
Código do texto: T2281150
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