RECONSTRUÇÃO
Vagar em destroços
no fundo do poço
no medo do escuro,
na lama fria da derrota.
O fundo é o fim do ralo
pra onde vai o que dói,
Mas na matéria nada desaparece
O esquecido corrói e apodrece
Por isso, as vezes o fundo chama
a cabeça gira, o corpo pesa,
hora da faxina.
O jeito então é escolher os instrumentos,
descer com fôlego dobrado.
Depois, voltar a tempo para sorrir
e inspirar-se com o reconstruir.
18.05.10