Rogo*
Guarda as minhas estrelas no parapeito do olhar
e faz brotar as tulipas do sorriso que trazemos em comum,
nessa história que iniciou sem aviso...
Atravessa todas as distâncias dos nossos segredos,
furiosos e intermitentes, rascunhando o perfeito tempo
que ousamos e tolamente cremos...
Recolhe os teares e os bordados
que corajosamente mandamos à Lua,
na ânsia premeditada de um dia consumar-nos nos sonhos prodigiosos,
das centelhas da nossa carne nua...
Enche as taças das nossas borbulhas
e em tépidos goles, sorve-nos como quem sorve a esperança,
num querer-se subcutâneo sem medo das tentadoras reentrâncias...
Flameja as dermes, besuntadas de óleo de amêndoas,
queimando olhares, bocas e mãos
como incensos de sândalo num ondular de aderências...
Escava todos cantos e recantos sublimes
dos nossos corpos em sincronia, em giros nas cavernas,
de lamparinas nos dedos, traçando atalhos sem volta,
nacarados de puríssimo desejo...
Talha a insegurança, destrona-a sem piedade,
dá espaço ao namoro das pupilas,
dos cílios enroscados dos nossos anseios de ser um do outro,
suturando da solidão a ferida...
Ancora as curvas das minhas ancas na tua firmeza,
como se eu habitasse imperatriz no teu castelo,
então tua súdita, subjugada, florada e mapeada em teus anelos...
Cria a posse da realidade desse fascínio,
que movediço toma-nos corpo, vida e espírito.
Rogo-te.
Karinna*
Guarda as minhas estrelas no parapeito do olhar
e faz brotar as tulipas do sorriso que trazemos em comum,
nessa história que iniciou sem aviso...
Atravessa todas as distâncias dos nossos segredos,
furiosos e intermitentes, rascunhando o perfeito tempo
que ousamos e tolamente cremos...
Recolhe os teares e os bordados
que corajosamente mandamos à Lua,
na ânsia premeditada de um dia consumar-nos nos sonhos prodigiosos,
das centelhas da nossa carne nua...
Enche as taças das nossas borbulhas
e em tépidos goles, sorve-nos como quem sorve a esperança,
num querer-se subcutâneo sem medo das tentadoras reentrâncias...
Flameja as dermes, besuntadas de óleo de amêndoas,
queimando olhares, bocas e mãos
como incensos de sândalo num ondular de aderências...
Escava todos cantos e recantos sublimes
dos nossos corpos em sincronia, em giros nas cavernas,
de lamparinas nos dedos, traçando atalhos sem volta,
nacarados de puríssimo desejo...
Talha a insegurança, destrona-a sem piedade,
dá espaço ao namoro das pupilas,
dos cílios enroscados dos nossos anseios de ser um do outro,
suturando da solidão a ferida...
Ancora as curvas das minhas ancas na tua firmeza,
como se eu habitasse imperatriz no teu castelo,
então tua súdita, subjugada, florada e mapeada em teus anelos...
Cria a posse da realidade desse fascínio,
que movediço toma-nos corpo, vida e espírito.
Rogo-te.
Karinna*