EIS-ME AQUI

Eis aqui as minhas lágrimas
Toma-as para saciar-te a sede,
Eis aqui as minhas mãos
Entrelaça-as para aquecer as tuas
Eis aqui o que restou dos sonhos
Ajuda-me a realizá-los
Restaram-me tão poucos...
Foi tudo o que eu consegui
Trazer para o presente
O som da tua voz, a ternura antiga,
Desta sobrevida
Que nem com o passar dos anos
Nem com o abandono
Não se deformou.


Brasília, 24/05/2010