Reflexivo
Hipocritamente continuamos mudando, e mudando. Mas “what fuck are we doing?”. Toda essa mentira sobre sermos diferentes, eu não caio mais. Cansei, simplesmente. Foi feita pra cansar, aparentemente. A vida é assim, te mostra, te faz cheirar, te faz tocar, te faz usar, mas te tira e te endoidece. Diz “forget, baby”! Por que não fala a minha língua ?! Ora essa, o texto é meu. Por que minha América é inglesa?! A prática leva a perfeição, e o padrão é esse. Aceite. Aceito.
Esperei, esperei, mas parece que ninguém notou que a humilhação particular é venenosa, perigosa e definitiva. Tudo o que você lutou, e você mesmo derruba. Por quê?! Parece que a autoconfiança não é paria para a tal da autoflagelação. Porque a crítica não está em você. Está em mim, que sei que fiz nada direito. Fato. Tenho honra quanto a minha coragem e garra, mas o meu insucesso mostra que o seu é ainda maior. Pois se eu falhei, ou seja, ninguém se deu bem. Pois ainda há algo para melhorar na sua sociedade perfeita, eu. Que não quero entrar nos padrões, e ao mesmo tempo me arrependo de não querer. Porque o padrão não sou eu, mas não ser não é sinônimo de não querer que queira. A carência de atenção e normalidade é tanta que as bases do seu caráter se retorcem pra não serem quebradas. E você, eu, a sociedade. Não vão ter força para adquirir essa vitória, a vitória da batalha contra a vida, aquela que te humilha e te põe a prova o tempo todo. Só precisa ganhá-la para seu descanso eterno. E ganhá-la é o mais fácil, mas não o convencional. E para fingir, aproveitar a vitória, nós a enfrentamos por mais tempo só para humilhá-la, detonar com o que ela mais gosta, nós. Mas no final a vitória é nossa. E ela continua aqui, e sempre continuará.