Goles de silêncio

O silêncio tem essa coisa misteriosa de nos paralisar...

Impactante como os desenhos de Portinari!...

Um gole de silêncio nos faz pensar um mar de coisas...

Levam-nos a atravessar longitudes

E aproximá-las às proximidades da alma...

Amplitudes de meu Deus me mostre um verso

Pra eu dizer do silêncio que em horas

Faz-me fechado em mim mesmo!...

Goles de silêncio que tomo sem pressa

Antes ou depois de minhas refeições diárias...

São preces sem palavras! Orações consteladas!...

Quero não ter medo da morte que me chama descavernada...

Quero dizê-la infeliz, mal amada!...

Quero um dedo de prosa com meu bem essa noite

Esquecer que estou vivo, que sinto dores

Convidá-la a vir comigo sobre as reticências...

Quero o silêncio depois...

Não quero compreendê-lo, quero sentir...

O amor nunca é dito, mas sentido no silêncio dos corpos!...

Agnaldo Tavares o Poeta
Enviado por Agnaldo Tavares o Poeta em 17/05/2010
Reeditado em 17/05/2010
Código do texto: T2262395
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