O SINO É O CORAÇÃO DA ALDEIA

Ao eco do sino a aldeia se agita.

O que terá acontecido?

A cada repicar, alguma coisa significa...

Morte, missa, ou uma simples notícia.

Somente pequenos povoados, gozam deste previlégio.

Nas cidades grandes tudo se moderniza,

e o sino já não significa tanta coisa.

Outras novidades vão surgindo,

e o trabalho do sineiro se inferioriza.

Correm atrás da tecnologia e do novo,

a festa quem faz é o povo!

A vida na aldeia é tranquila,

destacando-se quem é mais curioso.

Aqueles que pelas portas e janelas espiam,

quase que num gesto de advinhação.

Dão sempre opinião e seguem o que diz o coração.

Raramente erram em seus palpites,

em tudo há sempre alguém que se arrisque.

Ao eco do sino a aldeia se agita!

Pelas portas e janelas há sempre gente bonita.

Curiosa na verdade, com ar de gente feliz,

por respirar um ar que é tão puro,

por viver em contato com a natureza.

Banalidades são as suas pobrezas,

de espírito ou de vida econômica.

Encaram a vida com otimismo e leveza,

então ao sineiro e ao sino a nossa badalação!

Que continuam na aldeia, sempre a cumprir uma missão.

16-05-2010

Djanira Campos
Enviado por Djanira Campos em 16/05/2010
Reeditado em 16/05/2010
Código do texto: T2260776