Na corrida contra o tempo fico a espera da realidade onde as pessoas se escondem...e quando chega a saudade tenho vontade de chorar. Coloco em riscos minhas vontades soberanas que nem sempre seguem os caminhos que traço. Não serei algoz, nem mesmo carrasco...apenas um homem em busca de amor e paz. Paira em mim uma dúvida onde o medo do diálogo se impulsa e cala, onde os sonhos se apagam na diagonal de meus versos...e o meu maior receio é estar praticando sacrilégios. Na corrida contra o tempo não tenho pressa de chegar, pois serei apenas um enigma procurando seu olhar. Não há razão para desesperar...pois não posso ser senão o que sou...esfinge sem mistérios no poente e estrêla ébria que se perdeu nos céus. Perdi-me dentro de mim porque eu era labirinto...e hoje quando me sinto...é com saudade de mim , pois passei pela vida como os pássaros batendo asas para alcançar os céus.