O abrigo do poeta
Deixo calado o antes abrigo rotineiro, suplanto o momento entoando algo que macera a alma, diluindo lágrimas em vertentes pueris. (talvez um jogo fatal) Caminho trôpego à espera do abismo, onde apenas um passo atirado à eternidade bastará para alcançar a plenitude do vôo, escuridão... Movimentos frágeis de olhos cansados, esperam alçar vôo diante da liberdade senil. A alma, sufocada, inerte, resplandece diante de seus carrascos, atirando ao desatino versos roubados de antes poetas conhecidos. Mas a insignificância do momento contrasta com a magnitude do olhar, sabiamente infinito.