Reflexões

Quantos de nós retrocedem seus pensamentos para aquilo que não fizeram, e culpam aos outros por seus erros.

Procuram eximir-se de suas culpas, atirando sobre outrem suas falhas e seus defeitos. No entanto, gostariam de ter outra chance para consertar suas vidas, e não vêem o que se estende a sua frente.

Não procuram extrair de suas falhas aquilo que realmente importa, ou seja, motivos e exemplos para não errar de novo.

Impedir que o passado se torne futuro devia ser a meta de cada um. Mas isso acontece pela covardia de não sermos capazes de nos desnudarmos ante nós próprios e corrigir as próprias faltas.

A importância de nosso verdadeiro eu torna-se a maior aliada de nossos erros. Porque nossa verdadeira face pode tornar-se tenebrosa se olhada de perto.

Tememos justamente aquilo que somos. E esse temor nos causa um mal muito maior do que qualquer outro que possamos fazer.

Somos um produto de nossas consciências, e assim procuramos fugir a responsabilidade de ter uma consciência. Anulamos todos os sinais por ela enviados, como sem sentido, e nos atemos as ilusões criadas por nossas mentes fantasiosas. Preferimos viver em permanente estado de sonhos, que freqüentemente transformamos nos mais terríveis pesadelos.

Só então gritamos por socorro, temerosos de que o auxílio os obrigue a enfrentar a realidade da qual fugimos tão acirradamente.

Somos tolos a maior parte de nossas vidas, e passamos a outra parte lamentando as tolices cometidas.

Deveríamos saber que ser gente é tornar-se melhor a cada dia, ou pelo menos lutar para que assim o seja. Chegará o dia em que não teremos vergonha de nós mesmos, e sim, orgulho porque através de nossos atos e pensamentos realmente nos tornamos dignos da felicidade pela qual lutamos.