Rumos...

Pedras... Giros... Patamares... Mares... Marés...
Lua...Cores... Brisa... Vento forte... Pétalas... Recortes...
Palavras ditas ao pé do ouvido... Um dia claro...
Nos ditames...
A poesia exala as páginas viradas... Reviradas.
..Rumos... Rumores de tempestade, novamente.
Solventes diretrizes emolduradas pelos ditos falhos.
Uma porta aberta em direção ao nada...
As coisas contadas... Os dias seletos... A vida cognata.
O poeta canta o verso... Espalha os ditos... Perde-se na crua realidade...
Mas, nunca terá a sua essência retirada... Porque os versos brotam...
Passeamos pelas constatações... Viram lágrimas... São o tributo da paga.
Ainda lembro das frases que li... Ainda sinto o arrepio do dito da maldade escancarada e apagada... Alguns marcam o dia para atacar pela frente, o que trazem faz tempo nas costas.
Que versos mais loucos... Que frases ambíguas... Que nortes mais tortos... O germinar mais tosco de entrelinhas...
Paro agora?... O que mais deve ser dito?
Os olhos falam das certezas do que viram... Engana-se o tolo com os passos leves... Mas, não aos meus chocalhos.
E as mãos lançam linhas... Para observar de longe e colher o que restará do texto, depois.
Andei pelas esquinas de ti... Tempo...
Agora, danço à luz da lamparina... Minha dança cigana...
Um dia... Quem sabe...
Embebedo-me, no mar da ignorância...


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