___SOBREVIVENTE____

Quando tudo ruiu e na escuridão dos escombros me vi

o silêncio me trouxe de volta a quem eu era realmente.

Fora uma pausa em meio a dor que a sobrevivência

dependia da minha coragem.

Poderia ficar na escuridão angustiante e chorar toda

a dor da minha alma até a exaustão.

Naquele momento poderia aceitar triste vida e seu fim

iminente.

O barulho do mundo encobria meus gritos de socorro.

O socorro dependia da aceitação que eu não era sal-

vação.

Nem para mim, nem para ninguém porque eu havia aban-

donado a pessoa mais importante, eu.

Neste momento fiz uma viagem de regresso a minha

essência compreendendo tudo o que havia.

Descobri que o perdão me libertaria da ruínas.

Que fazemos o que fazemos não porque é o certo,

sim, porque naquele momento de ser era tudo que

poderíamos fazer.

Não há culpados ou inocentes cada pessoa tem o seu

tempo de aprendizado e evolução.

Mas cada qual é responsável por si próprio e não outro

alguém.

Fora assim que eu sai da inércia das ruínas, não como

vitima de uma situação infeliz, mas como sobrevivente.

Cecilia Garcez
Enviado por Cecilia Garcez em 11/05/2010
Código do texto: T2250562
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