O feijão cria de tudo.
João subiu num pé de feijão
Como a qualquer cidadão,
Fora atrás da tal felicidade
Lá nas alturas e sem tontura.
Muitos se esborracham no chão
Tal a sua grande e ignóbil usura...
E isso acontece em qualquer idade.
Por faltar-lhes a capacidade.
Essa é a grande verdade que se apura.
Nesta frágil vida, mas de aventura
Ao bem-aventurado de bom coração.
Deixando o feijão de lado
Sentido aprisionado
Pela hipocrisia da heresia
Fica-se atasanado
Com a velha traição
Ao ver a felicidade
Do lado da maldição.
E achando que o mal
Traz o bem-estar
Dessa antiga tradição.
Caim matou Abel
Como se tomasse mel
E, eles eram irmãos.
Abel deve ter ido ao céu
Sem o pé de feijão.
Enquanto, ao seu irmão
Restou-lhe o fel
Na sua imaginação...