O feijão cria de tudo.

João subiu num pé de feijão

Como a qualquer cidadão,

Fora atrás da tal felicidade

Lá nas alturas e sem tontura.

Muitos se esborracham no chão

Tal a sua grande e ignóbil usura...

E isso acontece em qualquer idade.

Por faltar-lhes a capacidade.

Essa é a grande verdade que se apura.

Nesta frágil vida, mas de aventura

Ao bem-aventurado de bom coração.

Deixando o feijão de lado

Sentido aprisionado

Pela hipocrisia da heresia

Fica-se atasanado

Com a velha traição

Ao ver a felicidade

Do lado da maldição.

E achando que o mal

Traz o bem-estar

Dessa antiga tradição.

Caim matou Abel

Como se tomasse mel

E, eles eram irmãos.

Abel deve ter ido ao céu

Sem o pé de feijão.

Enquanto, ao seu irmão

Restou-lhe o fel

Na sua imaginação...

jbcampos
Enviado por jbcampos em 11/05/2010
Código do texto: T2249599
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