Ao que me falta

Plano1

Não precisa mais se ocupar de mim, pois que há muito desisti do que me fiz. Agora parei de construir. Sou a velha nova em tempos que não param, "meu caro".

Sou risco, que me desenho, mas que me apago. Que me definho. Que me acabo.

Sou um pedaço de um quadro "sistino". Vê-me? É que a confusão me oculta. De tão grande o todo, me poluí. E você não viu, porque me camuflei na confusão.

Carta maldita que nasce do cheiro que me incomoda.

Grito2

"Como ousou me segurar sem estender a mão?!

Guarde-a no bolso, pois está frio e fora dele ela já não tem mais valia."

Da calmaria

...está frio. E dentro de mim também. Sê humana [fosse], por que esse frio não me incomoda mais?

A palidez dos dias frios me acalma. É que estamos todos frios, mas a lágrima quente que me escorre é sinal que ainda tenho um calor mínimo que a aquece.

Que mente, pois todos ficam gélidos...e as lágrimas -externas- depois cessam, mas que o vazio é o mesmo.

Que não passa, senão o tempo.

Leia rápido [....] meu fôlego se esgota, as forças se esvairam... porque tudo vai...

Mas esse frio permanece...

[Ide comigo - ar gélido- corpo sem alma- alma fria]

[Intro -em dó menor]

À permissão das coisas que esqueci. Amém

À possibilidade de me manter em silêncio. Amém

À mão que me ofereceram, mas não vi. Amém

Ísis Almeida Esth
Enviado por Ísis Almeida Esth em 09/05/2010
Código do texto: T2246892
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