Visita no Dia das Mães
Tenho carinho pelas minhas vizinhas. A da frente é aposentada, católica, amiga. Mora só, mas tem sempre a companhia dos netos.
A que mora ao lado, é batista, o marido é médico, ela, professora; por coincidência, é mãe de um ex-colega de escola dos meus filhos (eles continuam amigos), também, amiga. Já nos conhecemos há muito tempo.
Nos outros andares, conheço e sou amiga de muitos vizinhos.
Todavia, não sou de visitá-los. Fico na minha vida, sossegada, cheia de compromissos e horários. Quando as encontro, pergunto sobre os filhos, a vida. Assim elas o fazem...brincam comigo e dizem que parece que moramos tão longe! Sempre digo...o que precisarem, podem contar comigo, a qualquer hora do dia ou da noite. E elas sabem e entendem.
A boa convivência e amizade deve ser assim...respeitar o outro, seu espaço, sua vida, seus momentos.
Só é preciso saber que, verdadeiramente, podemos contar com os amigos, se precisarmos... o fardo fica mais leve com suas "presenças"... pode parecer estranho, mas não é...
Hoje farei uma visitinha...confesso, coisa rara! Espero chegar em hora própria...vou telefonar, se achar o número.
É a outra vizinha, da casa ao lado. Ela ficou viúva e mora só. Sendo Dia das Mães, o filho veio, do Rio, para passar com ela o fim de semana. Encontrei-o ontem no banco, quando fui pagar umas contas.
Ele me disse que ela havia caído e quebrado o braço.
Um bom motivo para que eu a visite, no Dia das Mães e leve um pedaço da torta gostosa que tenho aqui...além de muito mais...leve meu abraço, meu carinho e meu respeito.
Afinal...não me esqueço de que quando meus filhos eram menores, corriam e brincavam na calçada em frente à sua casa e sempre eram tratados como seus filhos.
Mãe é sempre Mãe...carinhosa, cuidadosa e meiga.
Estou longe da minha, hoje, mas posso estar com outras e abraçá-las.