ABAJUR DE NEON
Noites de estrelas e pirilampos.
Hoje em dia, certamente, as noites não são mais como aquelas noites de quando eu era um menino. As noites de hoje, são vividas sim, mas somos presos de forma solitária na frente de uma televisão ou de um computador. Não se perde mais tempo para olhar o céu, mesmo porque, as luzes das cidades criam uma névoa opaca que amortece a própria noite e, o homem moderno, anda cabisbaixo remoendo os seus problemas e não se permite mais a um deslumbramento. Ah, como eram diferentes as minhas noites de menino! Os sonhos da infância eram mais lindos e puros, principalmente, depois de deitar na grama em frente da casa e ficar perdido por horas a fio, observando profundamente alucinado as estrelas do céu. Era uma viagem solitária à velocidade da luz, eu atravessava as fronteiras celestes, até então inexpugnáveis. E assim, eu ficava vivendo o deslumbre que me causava o infinito, viajando sempre a bordo de uma nave, a nave da minha imaginação infantil. Em certas noites, absorto e admirado, eu ouvia mergulhado no profundo silêncio, os acordes de uma imaginável sinfonia sideral. A curiosidade era potencial, quando, de repente, eu percebia uma estrela cadente rasgando o manto negro do céu, caindo numa velocidade incrível, lá por detrás das montanhas. Depois, eu me recolhia para dormir e, como um menino sonhador, sonhava com um céu mais pertinho de mim e não sabia que eu é que era o próprio céu.
Nas minhas noites de infância, eu praticava o esporte do menino caprino, era um divertimento sadio de menino cientista. Com um vidro de conserva de palmitos nas mãos, caçava e prendia os vaga-lumes, para que me servissem de abajur de neon, colocando-os ao lado da cama em cima de um criado mudo. Assim, me servindo desse hipnótico veículo, explorava durante o sono, o mundo dos novos sonhos de um menino que aprendia a observar o céu. Hoje, esse menino, agora já um velho menino, se interessa por galáxias, nebulosas, pulsares e pela expansão do universo. Coisas que aquele menino, apenas sonhava usando a sua nave da imaginação. Interessante, eu tenho notado que os meninos de hoje, não olham mais para o céu, assim como os meninos do meu tempo. É que, os meninos de hoje, infelizmente, não são meninos-poetas ou meninos-cientistas, querem ser apenas e sim, meninos para ganhar dinheiro, feitos meninos consumistas.
Noites de estrelas e pirilampos.
Hoje em dia, certamente, as noites não são mais como aquelas noites de quando eu era um menino. As noites de hoje, são vividas sim, mas somos presos de forma solitária na frente de uma televisão ou de um computador. Não se perde mais tempo para olhar o céu, mesmo porque, as luzes das cidades criam uma névoa opaca que amortece a própria noite e, o homem moderno, anda cabisbaixo remoendo os seus problemas e não se permite mais a um deslumbramento. Ah, como eram diferentes as minhas noites de menino! Os sonhos da infância eram mais lindos e puros, principalmente, depois de deitar na grama em frente da casa e ficar perdido por horas a fio, observando profundamente alucinado as estrelas do céu. Era uma viagem solitária à velocidade da luz, eu atravessava as fronteiras celestes, até então inexpugnáveis. E assim, eu ficava vivendo o deslumbre que me causava o infinito, viajando sempre a bordo de uma nave, a nave da minha imaginação infantil. Em certas noites, absorto e admirado, eu ouvia mergulhado no profundo silêncio, os acordes de uma imaginável sinfonia sideral. A curiosidade era potencial, quando, de repente, eu percebia uma estrela cadente rasgando o manto negro do céu, caindo numa velocidade incrível, lá por detrás das montanhas. Depois, eu me recolhia para dormir e, como um menino sonhador, sonhava com um céu mais pertinho de mim e não sabia que eu é que era o próprio céu.
Nas minhas noites de infância, eu praticava o esporte do menino caprino, era um divertimento sadio de menino cientista. Com um vidro de conserva de palmitos nas mãos, caçava e prendia os vaga-lumes, para que me servissem de abajur de neon, colocando-os ao lado da cama em cima de um criado mudo. Assim, me servindo desse hipnótico veículo, explorava durante o sono, o mundo dos novos sonhos de um menino que aprendia a observar o céu. Hoje, esse menino, agora já um velho menino, se interessa por galáxias, nebulosas, pulsares e pela expansão do universo. Coisas que aquele menino, apenas sonhava usando a sua nave da imaginação. Interessante, eu tenho notado que os meninos de hoje, não olham mais para o céu, assim como os meninos do meu tempo. É que, os meninos de hoje, infelizmente, não são meninos-poetas ou meninos-cientistas, querem ser apenas e sim, meninos para ganhar dinheiro, feitos meninos consumistas.