Prerrogativa da Alma

Dura alma solta no salão

Teus gostos de tangerina

Não são nuances, tais espectros

Ginga faceira na aba do fel.

Fel doce que me engasga

Irrefutáveis céus de enseada

Nada veste meia à passarada.

Doce vítreo que meu esôfago esmaia

Sem dor de dentro, sem perigalho

Um gole seco à aragem cortante

Mesa que se janta, instante.

Cruzadores pregam dores na cruz

Pena de inhambus, desenterram poros

De peles mais valentes que as dantes.

Pele cuidadosamente tramada

A amar e crescer amada.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 24/08/2006
Código do texto: T224321
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