Mercúrio a Plutão
Dum avesso, parei distante
Pensei vezes, matutei
Pensamentos em rotação contínua com a lua
Buscaram-me, persuadiram-me
Ó, quanta pureza!
Do broto ao rebrote, bebi do caldo
Sorvi fiéis codinomes infelizes, traduzi-os
Nem sequer os merecia, porém o sol se ausentara...
Debalde, fronte às incólumes veias de vitrine, parei inda mais
Tinha fome de nutrir a inanição, sede de ocasião
Confronto entre o sim e o não.
Láparo crescido no abrigo divino
São mesclas do manjar com o achar, o conjeturar
Nem avento mares sem fundo, talassofobia
Meus meios sem preços, vão do apreço ao feno
Breve ao pascigo de esmeril, ceifando e só
Deixe que deite a chuva!
Suas gotas deleitar-se-ão em fonemas aduncos
Mistérios renascerão em letras arfadas, desgovernadas
Não primarão por nossas extinções
Sábios que somos, limparemos nossas latrinas
Com marcas, carimbos e escolas.