FORÇA DE URSO...
Quando a batalha começou, bem que eu podia ter adquirido a força de um urso e lutado bravamente para defender tudo aquilo que eu acreditava. Eu poderia ter investido seriamente na briga, poderia ter sido incrivelmente corajosa, ignorado meus medos... poderia ter ido para o combate sabendo, de certa forma, que tinha chances imensas de sair vencedora.
E a força empregada nos campos de guerra não deveria atrapalhar os gestos de carinho que também precisavam ter nascido de mim. A força do urso e a docilidade de uma flor deveriam conviver no dia-a-dia, e alguém muito especial sairia lucrando com esses comportamentos, essas atitudes de nobreza. Por que não pensei nisso?
Há momentos em que a velocidade empreendida por um animal feroz e faminto pode ser uma inspiração e um exemplo para o ser humano sair em busca de si mesmo ou em busca de outra pessoa que clama em silêncio por uma ajuda.
Por que não pensei nisso?
Por quê?
Gláucia Ribeiro (6/5/2010)