ESPELHO DO MEU OLHAR
Olhando as águas do riacho, dois olhos me olham bem sérios
Para onde foi a inocência e a curiosidade desse olhar?
Encaro-os com seriedade e vejo neles um brilho divertido
A seriedade se vai, junto com as águas calmas do riacho...
Mas logo volta, com um quê de ironia no canto do olhar
Aquele olhar sempre suave e doce, dificilmente alguém verá
Algum vislumbre talvez, quase imperceptível se mostrará
A inocência quebrou-se entre a realidade e as frustrações
E transformou-se em esperança em contínuo acreditar...
A curiosidade aprendeu a ir onde buscar conhecimento.
E hoje vive de pesquisar, analisar e chegar a reais conclusões
Olho no riacho para aqueles olhos agora não tão sérios
Sorrio feliz e o atravesso, pisando de leve nas pedrinhas lisas
Jeito traquina, felicidade no peito, olhos e sorriso de menina...
Encontro de mim com a meiguice e a pureza da minha alma
Magia ao ver-me em meus olhos sem precisar me inventar...