O ALTER-EGO!
O frio que vem da noite gela-me a alma...
Na solidão dessas paredes eu busco a calma.
Como acalmar-me diante do caos
Do desamor que está presente
Da ferida que sangra – incessantemente?
Sou como a força da tempestade
Que açoita o tempo
Como a fúria do vento.
Como o trovão que amedronta.
Sou tantas em mim... Que até perdi a conta!
Procuro anular meu outro eu.
Um alter-ego confuso, deslocado;
Proeminente e fracassado.
O que a razão me dita, não levo em conta...
Sou às avessas... Contraditória,
Sou do iceberg – a ponta
O triste fim de uma história
- Ah... Eu sou do contra!
Se o amor bate à porta
Não a destranco...
Nada me importa,
Nem mesmo os solavancos
De uma paixão desmedida
Frente aos anseios
Desta alma combalida.
- Estou, irremediavelmente, perdida!
Sou transgressora
Incorrigível sonhadora...
Tenho o coração marcado
O corpo maculado
E por este pecado
Eu sei... Serei absolvida!