INSENSATA LOUCURA

Ah... Insensata loucura que às vezes me corrói

Toma posse do meu juízo, escraviza meus sentidos

Anestesia meus anseios, rejeita os meus receios

Faz-me voar sem medo para o profundo de mim

E das minhas entranhas liberto o lado profano

Solto o expurgo guardado por anos e anos a fio

E nessa loucura fremente sinto-me frente a frente

Ao que não quero de ninguém, muito menos de mim

Encaro as minhas verdades, minhas mentiras veladas

Loucura de sanidade que me devolve ao meu eu

Trás a tranqüilidade de perceber minha essência

Entre erros e acertos, sendo tão somente o que sou

Dou um sorriso limítrofe entre a sanidade e a loucura

Do meu lado insensato entre devaneios e lucidez

O bom é ser feliz, em sobriedade ou embriaguês