Escombros de horas que passam implacáveis
A vida um nada no meio de nada, erma, deserta
É o pensamento que torna tudo tão indigesto
Quisera então não pensar, não sentir, não saber
Não medir o tempo, não esperar um amanhã
Não tecer vãs esperanças desacreditadas
Quão perigoso é viver cada dia, cada instante!
Quão torturante a imposição do ser, do ter de ser
Existir é uma aventura com riscos incalculáveis
É resistir à tentação do silêncio e do vazio
É entender de distâncias incomensuráveis
É desarmar-se para a terrível batalha
E sair da luta incólume, com a alma limpa
E sem sangue nas mãos...
Bastaria um pouco de esquecimento todo dia
E não ter a necessidade de dizer tanto
Que fossem as horas solidão e silêncio
No altar da eternidade, mãe do tempo
Inscreveria em todas as pedras do templo
Devora-me ou te decifro!
A vida um nada no meio de nada, erma, deserta
É o pensamento que torna tudo tão indigesto
Quisera então não pensar, não sentir, não saber
Não medir o tempo, não esperar um amanhã
Não tecer vãs esperanças desacreditadas
Quão perigoso é viver cada dia, cada instante!
Quão torturante a imposição do ser, do ter de ser
Existir é uma aventura com riscos incalculáveis
É resistir à tentação do silêncio e do vazio
É entender de distâncias incomensuráveis
É desarmar-se para a terrível batalha
E sair da luta incólume, com a alma limpa
E sem sangue nas mãos...
Bastaria um pouco de esquecimento todo dia
E não ter a necessidade de dizer tanto
Que fossem as horas solidão e silêncio
No altar da eternidade, mãe do tempo
Inscreveria em todas as pedras do templo
Devora-me ou te decifro!