Páginas...


Olhei algumas fotos... Revirei algumas gavetas... Fui ao consciente subconsciente...
Andei de costas...
Salvo algumas dobraduras, olhei com mais firmeza o gosto que tem a vida.
As páginas de mim... Açucarados dias... As folhas de papéis.
Nas esquinas, tão soltas de mim, posso recolher alguns ângulos... E ditar os arcos que tanto amo...
Formas e balanços multicores...

Ouvi sinos nas pontas dos dedos... Fantasioso dito, mas verídico... A poesia ganha asas, ao pé do ouvido.
Maravilhas... Pessegueiro... Leve canteiro... E o repetir das manhas... Das manhãs.
Às vezes, quase sempre... Enlouqueço o dito... Uma saraivada de pétalas sobre o corpo das letras... Lenços, levemente, despindo o ventre...
Plantam-se sementes... E os nós são lançados sob os lençóis das páginas.
Brinco com as máscaras... Veneza, nunca mais será a mesma...
Lapida-se os dias... Com versos, música e prosas...


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