Separação
Quantas vezes o vermelho emudece-me...
Se cito Van Gogh é para distrair meus girassois.
Se ouço Vivaldi é para suprir meus jardins. Mereço ser o espelho d´água onde possas refrigerar tua tez.
Desfaço meu sorriso quando sinto a mancha de teu desprezo. Faço-me madona para alcançar tuas entranhas, mas estamos em vértices opostos.
Quantos afagos que não serão feitos.
Quantos olhares desviados para que não vejam a obviedade.
Quero banhar-me em teus olhos profundos.
Quero a boca que dissimula e inibe o meu querer.
Qual meu pecado?
Qual meu castigo?
Será que qualquer coisa importa?
...
Vidas homologadas!
...
Agudos abafados.