O ESPELHO DAS PRIMAVERAS

Dentes-de-leite são perolazinhas perdidas no tempo, como ocorreu contigo lá pelos sete anos. E, sem perda de tempo, sair correndo atrás da infância, pra que não se perca o que resta do espelho das primaveras.

Voando, revoando com um zumbido de paixão pela vida, olhinhos espertos de futuro. Mimosas margaridas-do-campo, abrindo asinhas douradas.

Nos gestos de mamãe a sorte: Mal-me-quer, bem-me-quer... E quando não queres?

O que fazer senão beijar a asa dos anjinhos que te movem a boca?

– Do livro O HÁLITO DAS PALAVRAS, 2006/2009.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/222788