Na Foz do Amor
Voz zabaneira
Que o sapato encarde
Plasmando oxigênio falho
Feito cega navalha a furar a carne
A amar?
A amar!
Não vê olhos, o cego do deserto
Alvoroçada areia mutante
Rã saltadora no toalete equivocado
Poça branda se esbanja a afogar
A amar?
A amar!
Ruído de empreitada varre miolos
Amainadas mágoas, ardentes cios de prata
Haja tepidez!
São roucas as cordas metálicas... As de praxe
A amar!
A amar!
Facho de esmeril na lãzuda íris
Descortinam raras cabeças pensantes
Haja amor!
Na virilha da dor, aportam seres mágicos
A penar?
A penar!