Libertação
Outra mentira!
Nada impede tua ira
Ecoando fria; rio de saliva
Tua voz de inevitável prisão
Fez algemado cada canto de mim!
Aquele rasgo rompeu como raio decidido
tesoura, faca, navalha afiada...Ferindo fundo!
Palavras ordinárias, estilete cravado em meus passos
Cessa um sonho que agora desfaço junto das tuas camisas e
teus receios, embrulhados pequeninos; frouxos laços!
Multicores? Acetinados talvez; para esconder a dor...
qual fantasia do amor que sem escolhas possíveis
sangra; risca a nossa pele pálida, assanha
quase suave sorriso pela certa morte
que seduz a sorte de ser rápida
livrando-me da lenta agonia
de ser mera pedinte
da verdade livre,
que não há!