MÃO DUPLA
... e agora, banidos daquele orbitar sereno e cálido, são como peças deslocadas, atores longe da ribalta, flores secas em páginas de velhos livros. De pés idos e voltados. De olhos que deslumbrados beberam as cores do entusiasmo e aos poucos perderam a capacidade de se surpreender. Acordando demais . Demais. A via é de ida e volta. Há chuva e sol, mormaço e frio, alegria e desalento. E as mãos são duas, para que, em certos momentos, uma apague o que a outra escreveu.