Do que fala meu coração

Ah, oi amor. Já faz muito tempo.

Nem me lembro mais das vezes em que espera o dia trazer o anoitecer. Dias em que esperava ansioso encontrar teu olhar para deveras me perder neste tão imenso amor.

É, faz muito tempo. Tempos em que a chuva significava mais pra mim do que simplesmente uma queda de gotas do céu. Significava a lembrança do seu sorriso. Significava um sinal de que eu me lembrava o quanto lhe amava.

Às vezes, e por certo que incontáveis vezes, era possível identificar minhas lágrimas misturadas entre as gotas do céu, elas eram mais densas, mais rentes ao meu olhar. Uma representação constante da saudade que trazia em meu coração.

Sim, deveras é demasiado longo este tempo. Tempo que mesmo sendo um breve espaço de instantes é suficiente para mostrar-me o quão verdadeiro é o amor que tenho por ti. E jamais vi algo que denotasse fazer regredir um dia sequer esse sentimento, em instante algo, nenhum momento.

Ah é, desculpe amor, mas por agora deveras me tenho que ir. As ansiedades da vida não me podem sobrepujar. Isto seria uma desarmonia com este amor. Vou aguardar por agora novamente que o dia me traga as mesmas noites. Que as noites me conduzam ao mesmo olhar magnificamente, único, que tens. Olhar que se confunde ao luar. Luar que expressa exatamente o quanto transborda de amor o meu coração.

Glayberson Pereira
Enviado por Glayberson Pereira em 19/04/2010
Reeditado em 08/10/2022
Código do texto: T2206707
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