Eu, de mim mesma...
Hoje estou feliz como se a felicidade tivesse escolhido o meu coração para morar. Ela pulsa dentro de mim e me faz suspirar e me faz sentir pequena para tanto suspiro e vida e outras coisas que eu não sei explicar.
Eu saio e olho o céu pintado de azul e uma nuvenzinha ali que se move e se desfaz como meus mil pensamentos noturnos. E aquela árvore tão grande com seus frutos verdes e suas folhas verdes e sua respiração verde. Os seus galhos pedem um abraço. O seu tronco é frio, mas aquece minha vontade de viver. A grama salta aos olhos. Os pássaros, esses eu não vejo, nem ouço.
E aquelas pessoas que passam e parecem não notar a beleza e a graça da vida são, aos meus olhos, meros retratos. Aqueles retratos de gente antiga e sofrida que se vê na casa dos avós. Parecem tristes. Tristemente preocupados com o sistema e como agradá-lo para poder sobreviver a ele.
Mas eu, não! Estou em estado de graça.
Meus olhos contemplam o céu e se enchem e se misturam com sua cor e suspiram e sorriem. Meus lábios também acompanham sorrindo. Meu peito inteiro se dilatando e se contraindo para deixar essa felicidade respirar e ao mesmo tempo cuidar para que não vá embora.
Motivo? Tenho Alguém que me ama.
Minha razão de existir. Todos os meus sonhos derivam Dele e é a Ele que eu dedico todos os meus suspiros. Porque não possuo outro bem, outra herança, outro amor, senão a Ti, Senhor!