Por um Fio...
Já não sou eu que sinto saudade de ti
São meus versos que, alheios à minha Vontade,
saem a buscar tua presença...
Ora, meu amor
É evidente que ainda te amo
É notória a falta que tu me fazes,
Pois minha poesia não encontra razão
De existir enquanto esta tua ausência
permanecer
Eu poderia falar das águas outonais,
De todas as enchentes, marés e
ressacas do mar do Arpoador...
e tudo o mais,
todavia vazio está o meu peito e
Meus versos sem ti não me obedecem.
Talvez num fuso devesse ter tecido um fio
De lã que o ajudasse a encontrar o caminho de
Volta ao meu regaço,
Entretanto não me lembrei quão heroína
Fui ao teu lado...
Desespero meu é amar-te
E esperar-te para sempre
Ah, como te quero aqui presente
Trazendo na face o teu sorriso e assim
Deitar-me e adormecer em teu colo!
Envio-te agora, atrasado, o fio condutor
entretanto envio-te por email.
O fio que, espero, traga-o de volta...
E chegando,
abrirei a porta e receber-te-ei com
mil beijos de amor...
Obrigada pela linda interação, poeta:
No ar a certeza que o poeta fala do desejo,
do amor e tantos outros sentimentos que
não só lhe pertence são divididos
em fragmentos espalhados aos vento...
Bravo!
Jamaveira