Por hoje.
Por hoje...
Quero ter-me sem nenhum ajuste
Quero ver-me sem medo de olhar.
Quero olhar o que sou nesse exato momento
Mesmo que não goste da visão de mim
Quero chorar perdas e acarear danos
Rir-me de minhas ingenuidades
Contemplar minhas virtudes
Sangrar meus venenos mais letais
Hoje não quero ninguém, senão a mim
E minhas tantas indagações
Quero abraçar minhas dores mais sentidas
E chorar delas a falta de compreensão
Hoje quero dormir abraçada a minha sorte
E tê-la afagando meus cabelos prometendo não deixar-me
Hoje quero partir para o resto de minha vida
Levando como bagagem apenas meu pouco juízo
Minha pouca sabedoria, minha vontade de acertar
E principalmente, meu infindável amor.