PORQUE FALAMOS POUCO SOBRE AMOR ROMÂNTICO (?!) ...

Algum leitor poderia se perguntar porque falamos tão pouco (ou melhor, porque escrevemos tão pouco) sobre o amor entre um homem e uma mulher???

Cá entre nós, inicialmente eu poderia dizer que o amor (entre um homem e uma mulher) é uma área que não conhecemos o bastante; Casamos com a primeira namorada e, não houve interesse de um namoro do tipo moderno... Assim, seria uma linguagem desconhecida da maioria dos leitores... Por outro lado, ainda preciso entender melhor, porque de repente esse tipo de relação ficou tão vulgar, se aparentemente não teria havido uma orientação muito clara no sentido do amor ficar tão vulgar pra geração da hora...

Entendemos que por um lado à famigerada tevê, que muita gente vê como verdade absoluta, passou a estimular a nova geração, no sentido que a melhor coisa era aproveitar o momento (no mau sentido); Porque amanhã pode ser muito tarde... No primeiro momento, começaram a divulgar que religião é coisa de alienados e que, é preciso ser livre pra fazer o que quiser... No momento seguinte, começaram a exibir em horário podre (dizem que seria nobre), cenas dirigidas estimulando o amor livre, com casais (esteticamente produzidos) levando ò cidadão comum a jantar babando diante de uma tevê...

Quando esse mesmo cidadão sai às ruas, se depara com um mulherão daqueles, seminua, fazendo publicidade de alguma bebida alcoólica ou produto similar que o estimule a buscar em farras e fanfarras o que não teria em casa...

Esta mesma sociedade reclama contra estupros, pedofilia, drogas, sexo livre, etc...

Quando se fala (ou escreve) sobre amor, é em sua maioria, pra dizer poemas do tipo:

Batatinha quando nasce...

Mandacaru quando fulora na seca é sinal que a chuva chega no sertão...

Moça bonita quando enjoa da boneca é sinal que o amor já chegou no coração...

Há algum tempo escrevíamos um texto – crítica onde citávamos uma pérola (entre aspas) de grande sucesso em anos passados:

Beijo na boca é coisa do passado... A moda agora é namorar pelado...

Lamentavelmente não podemos impedir que alguém pegue uma arma e atire contra a própria cabeça; Assim, não teríamos como impedir as pérolas que estão nas paradas de sucesso (muitas vezes em praça pública com dinheiro do erário)... Cabe a cada um ser consciente e não comprar nem estimular que se compre (mesmo que seja pirataria) a preço de bananas...

Bem, voltando a questão do amor romântico, não temos como impedir a banalização em vigência... MAS, cabe a cada um, evitar dar o mau exemplo, porque, certamente, se colhe do que se planta...

Antes de terminar o assunto, gostaria de dizer que, por outro lado, a escola onde a presente geração atual estuda, especialmente, a escola pública, em sua maioria é feita de pessoas que, não tendo emprego em outras áreas, submeteram–se aos concursos pra educação e, alguns profissionais estão mais interessados no salário...

Alguém poderia dizer que não teria conhecimento de causa... Mas, na condição de servidor estadual passamos algum tempo (2003–2008) à disposição de uma escola pública estadual, onde muitas vezes tive que dizer aos colegas que o sindicato seria cada um; Sempre que reclamavam que o sindicato não faz nada pra melhorar o salário...

Parece que falar sobre romantismo não teria nada a ver com o que estamos falando; MAS, cá entre nós, como desvincular o amor romântico de outras áreas da vida???

Certamente, no momento em que, estou à frente da luta sindical, terei em vista ganhar melhor pra chegar em casa com um ramalhete de flores ou caixa de chocolates pra ela... No momento que ganho melhor, terei melhor ânimo pra estender a mão... E assim por diante...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 12/04/2010
Código do texto: T2192003
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