TUDO ISSO OU NADA...

Perguntam-me quem sou e eu prontamente respondo
Que sou simplesmente o reflexo de mim mesma,
Imagem que ninguém vê além de mim;
Sou talvez uma foto em preto e branco
Ou esmaecida pelo tempo que não perdoa.
Quem sabe seja eu uma canção que ninguém jamais ouviu
Por isso não cantou, ou a que veio porque o sonho acabou
Ou perdeu-se nos caminhos imaginados que ninguém andou.
Quem sabe eu possa ser a imaginação descrita
Por algum poeta que nem existiu...
Poderei até ser tudo isso mesmo sendo nada a caminhar sozinha
Pelas madrugadas enquanto sonhando nas noites estreladas
E tal como elas flutuando nesse espaço imaginário
Da inspiração tão nossa, sendo tudo isso embora sendo nada.


Brasília, 06/04/2010