[Na Sarjeta]

... E eu ando tão carente,

tão carente de sínteses

que me salvem...]

Desgraça feita,

régua passada,

eu ando pela sarjeta,

lugar onde as coisas

são mais evidentes.

[Tesouros, sim,

verdadeiros tesouros

são lançados na sarjeta!]

Até cavalo de rua

já sabe muito bem:

anda na sarjeta,

que é onde sobra

algum capim vivo...

[Estou vivo: ainda obstruo a luz que,

vinda de algum objeto sem nexo,

chegaria aos teus olhos]

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[Penas do Desterro, 06 de abril de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 06/04/2010
Reeditado em 10/04/2012
Código do texto: T2181356
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