Almas companheiras

Assim duas almas velhinhas um dia resolveram se reencontrar.

Ambas impregnadas de tecnologia, resolveram enfim uma pela outra procurar

E uma, olhando a página nova e boa ferramenta,se encanta com uma foto e resolve arriscar

- Bom dia , olá como vai , diz a mais novinha

Recebeu de volta caloroso cumprimento e a conversa começaram a entabular

- Quem é você, quais são seus gostos e, foi assim a aproximação pra lá e pra cá

Sentindo-se seguras foram logo se reconhecendo e mais uma foto foram logo trocando.

Um dia uma imagem( sempre elas!) fez o olho de uma lacrimejar

Naquela bendita imagem que via, sentiu no coração forte palpitar

Seus sonhos mais loucos, estranha melancolia aos poucos, foi dando lugar

A alma velhinha um modo singelo, de por benção divina um dia voltar

Seguiram-se os sonhos e as fotografias

Cada um no seu tempo a fizeram chorar

Chorar de alegria pela moça que via, com lenço na cabeça no campo a cantar

Do seu vestido, logo pendia avental bem branquinho, fazendo com lenço bonito par

E longe a fumaça daquela cozinha um cheiro gostoso de pão a assar

Crianças brincavam ao redor da mocinha, não sei quantos eram,

Mas barulho sim, sei que faziam

Tudo isso conto e com alegria e sei que bem mais veria dia após dia

Trocando impressões seguem as duas almazinhas

E cada dia a certeza crescia, de que foram elas tão próximas um dia.

Hoje distantes e bem separadas, por mares e línguas e de novo encontradas

E que alegria um dia em pessoa por fim a espera de tantas jornadas.

Tercia Medrado
Enviado por Tercia Medrado em 03/04/2010
Código do texto: T2175429
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