Almas companheiras
Assim duas almas velhinhas um dia resolveram se reencontrar.
Ambas impregnadas de tecnologia, resolveram enfim uma pela outra procurar
E uma, olhando a página nova e boa ferramenta,se encanta com uma foto e resolve arriscar
- Bom dia , olá como vai , diz a mais novinha
Recebeu de volta caloroso cumprimento e a conversa começaram a entabular
- Quem é você, quais são seus gostos e, foi assim a aproximação pra lá e pra cá
Sentindo-se seguras foram logo se reconhecendo e mais uma foto foram logo trocando.
Um dia uma imagem( sempre elas!) fez o olho de uma lacrimejar
Naquela bendita imagem que via, sentiu no coração forte palpitar
Seus sonhos mais loucos, estranha melancolia aos poucos, foi dando lugar
A alma velhinha um modo singelo, de por benção divina um dia voltar
Seguiram-se os sonhos e as fotografias
Cada um no seu tempo a fizeram chorar
Chorar de alegria pela moça que via, com lenço na cabeça no campo a cantar
Do seu vestido, logo pendia avental bem branquinho, fazendo com lenço bonito par
E longe a fumaça daquela cozinha um cheiro gostoso de pão a assar
Crianças brincavam ao redor da mocinha, não sei quantos eram,
Mas barulho sim, sei que faziam
Tudo isso conto e com alegria e sei que bem mais veria dia após dia
Trocando impressões seguem as duas almazinhas
E cada dia a certeza crescia, de que foram elas tão próximas um dia.
Hoje distantes e bem separadas, por mares e línguas e de novo encontradas
E que alegria um dia em pessoa por fim a espera de tantas jornadas.