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SENTIMENTOS EM PRETO E BRANCO
No caos me viro e me agito. Túmido é o meu gemido. Minhas feridas podres latejam na sombra escura de minha derme e cheiram mal. Alucinada, fico acordada na desordem de minhas convulsões e não me movo. Sou prisioneira de meus temores. Meu caminho está sujo de lixo, vidros quebrados, espinhos, pregos enferrujados, e o tempo escorre de minhas mãos, porque tenho medo. Perdi meu sorriso atravessando a rua para ir em outra de direção. Na falácia de meus sentimentos, a esperança mentiu pra mim e de tudo não sobrou nada. Talvez, eu estivesse atrasada para abrir as portas fechadas, só que agora é tarde e não há solução, para reerguer-me preciso submeter-me a esse cruel processo de desconstrução.