Sobre o vento batendo a porta aberta e o tempo até o susto de ouvi-la bater.
Não gosto de portas,
Janelas abertas.
Me irrita o vento em meus cabelos de pedra.
Eu gosto do tempo; sou um eu estático.
E se arranco os olhos para não ver a estrada,
grito de prazer, meu ego dispara.
(por-que parado não me arrisco ao tropeço)
Que se tropeço, caio, me despedaço.
De tal forma que nunca mais encontraria os cacos de mim no papel que me escondo,
Sob letras, dentes, redondilhas de sorriso.
E sobre tudo que escrevo cego, há sempre aquela nesga de eu-lírico travestido de poetas
Que não gostam de portas,
Janelas abertas.