Q U E S T I O N A M E N T O.
Acordei-me um pouco só
Era até demais a minha
Própria e inútil companhia
Mas, num lampejo ainda
Sonâmbulo e meio confuso
Lembrei-me de ti
E de mim mesmo tive dó
Era o confronto com o existencial
Do ser que não quer ser
Uma luta, um vazio sem igual
Um questionamento sem importância
A importância é a gente quem dá
Por estar só e em relutância
Com o premido do silêncio
Onde só nos rodeia o éter
Pra inconscientemente respirar
A gente pára no tempo e
O inconsciente entra em alerta
Vigia genético que nos cutuca
Com estímulos e feixes de sinapses
Sacudindo o mecanismo pensante
Do cérebro, esse pequeno gigante
Cúmplice ativo desse fenomenal
Hábito, o doce vício de viver.
Aliás, é o único vício que se conhece
E que se pega ao nascer
Não há exercício e nem remédio
A boa vontade não se quer ter
Terapia para largar esse vício é só morrer
Morre-se de tudo e de todos
Morre-se de viver? Não, muda-se de viver
Mudança sem malas e outras bagagens
Voa-se sem tirar passagem
Pra mudar de lar e não ter saudades
Do doce vício de viver
Hoje mesmo, eu vou cancelar
A passagem do ônibus etéreo
Não quero, agora, mais viajar
Sou inveterado nesse doce vício
Ele ainda vai me matar
Do doce vício de viver
Quando morrer.
Acordei-me um pouco só
Era até demais a minha
Própria e inútil companhia
Mas, num lampejo ainda
Sonâmbulo e meio confuso
Lembrei-me de ti
E de mim mesmo tive dó
Era o confronto com o existencial
Do ser que não quer ser
Uma luta, um vazio sem igual
Um questionamento sem importância
A importância é a gente quem dá
Por estar só e em relutância
Com o premido do silêncio
Onde só nos rodeia o éter
Pra inconscientemente respirar
A gente pára no tempo e
O inconsciente entra em alerta
Vigia genético que nos cutuca
Com estímulos e feixes de sinapses
Sacudindo o mecanismo pensante
Do cérebro, esse pequeno gigante
Cúmplice ativo desse fenomenal
Hábito, o doce vício de viver.
Aliás, é o único vício que se conhece
E que se pega ao nascer
Não há exercício e nem remédio
A boa vontade não se quer ter
Terapia para largar esse vício é só morrer
Morre-se de tudo e de todos
Morre-se de viver? Não, muda-se de viver
Mudança sem malas e outras bagagens
Voa-se sem tirar passagem
Pra mudar de lar e não ter saudades
Do doce vício de viver
Hoje mesmo, eu vou cancelar
A passagem do ônibus etéreo
Não quero, agora, mais viajar
Sou inveterado nesse doce vício
Ele ainda vai me matar
Do doce vício de viver
Quando morrer.