OUTRA VEZ A VIDA...
Assim num sem esperar ou prévio aviso,
E incluso, excluindo-se, todas as previsões;
De repente, um estalido...,
Súbito e violento tremor fez revolver tudo!
Meio a rodamoinhos de pesares,
A desventura de sentimentos em desalinho
Ante aos abalos convulsivos, sob cuja subordinação,
Via-me indefenso ao me faltar o solo firme da confiança.
Remoinhava no centro da voragem intima, abalroando-me,
Com os conceitos e valores, os vendo ser avidamente abatidos
Em arena de uma contenda desarrazoada, quão humilhante!
Um misto de imaturidade e rebeldia mutilou-me, a moral, resvalei!
Capenga por sobre as ruínas da imprevidência chorei os escândalos
Da minha falta de reflexão e os efeitos do meu orgulho ferido!
Não obstante,
Assim como antes...
De repente, sem que se espere,
Recalcitrante a Vida, fez passar sua lista de presença;
Chamando-me à atenção, fazendo-se ouvir: “Aponta-te”!
- Sob mira se tem monturos, ensejando trabalho;
Oportunizando reciclagem e câmbios de valores -,
Sem a contabilidade das deficiências ou coleta de dívidas.
Enquanto o soprar beneficente da Vida aliviava-me as dores,
Secando-me os suores e lágrimas – Amenizando meu enredo;
Branda qual brisa fez virar páginas, num suscitar de novas historias...
De repente, um estalido...,
Súbito e violento tremor fez revolver tudo,
Outra vez a Vida ensinando-me, a viver!