E...

E pra te conhecer busquei o que dizia a voz da vida.

E busquei a direção inacabada do seu lugar

E o meu amor primeiro era céu e sol

E a minha posição ao seu lado supus ser inteira

E eu me dei totalmente ao rio selvagem

E o rio me tragou a alma inocente (coitada!)

E a voz da vida não me ofereceu nem som

E a direção não recebeu meus pés sem norte

E amor, céu e sol perderam a característica de eternos

E ser inteiro se desfez em pedaços mínimos

E o rio me tragou a alma subjacente a si mesma (remida!)

E te reconheci te percebi em mim

E foi mesmo sem que se fizesse em mim.

E apascentei meus fantasmas

E me tornei efemeridade no seu ócio

E galguei estrelas, peito nu, nu em pelo

E me perdi nos espaços brancos

E caí inconsciente da queda

E morri esvaziado de mim por você

E tudo foi inútil aos seus olhos cegos

E me tornei mártir sem causa... de bandeira sem lógica

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 31/03/2010
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