E...
E pra te conhecer busquei o que dizia a voz da vida.
E busquei a direção inacabada do seu lugar
E o meu amor primeiro era céu e sol
E a minha posição ao seu lado supus ser inteira
E eu me dei totalmente ao rio selvagem
E o rio me tragou a alma inocente (coitada!)
E a voz da vida não me ofereceu nem som
E a direção não recebeu meus pés sem norte
E amor, céu e sol perderam a característica de eternos
E ser inteiro se desfez em pedaços mínimos
E o rio me tragou a alma subjacente a si mesma (remida!)
E te reconheci te percebi em mim
E foi mesmo sem que se fizesse em mim.
E apascentei meus fantasmas
E me tornei efemeridade no seu ócio
E galguei estrelas, peito nu, nu em pelo
E me perdi nos espaços brancos
E caí inconsciente da queda
E morri esvaziado de mim por você
E tudo foi inútil aos seus olhos cegos
E me tornei mártir sem causa... de bandeira sem lógica