Pena Branca

Tísico sou

Trem de moribundos

Semente coxa, infeliz

Num vão cordel de ilhotas.

Imprestável pascigo aos hircos

Aos porcos de plantão na ladeira

Nem folha, nem lenha

Água na lareira.

Flecha perdida, indecifrável

Nem o fôlego me empresta o ar

Sou tácito, mergulhão no escuro

Um breu é tudo que se possa importar.

O lado invertido, colina transversa

Aragem sopra o brilho no rosto

Passam perto, mancebos grilhões

Dão-me as costas, cotas hilárias.

E volta a cambiar

Quando o alvo espelho da mente

O papel

Permite-me deslizar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 14/08/2006
Reeditado em 14/12/2007
Código do texto: T216591
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.