CHEGARÁ O MOMENTO FINAL III ...

Nossa intenção com o tema em questão é falar sobre morte humana...

Numa das vezes que entramos no hospital pra visitar alguém internado, já desenganado pela medicina, esperando o momento final (que aconteceu na mesma noite quando da visita a que nos referimos); Aproveitamos a oportunidade pra analisar o que acontece nos corredores de um hospital...

Certamente, a maioria já esteve em algum hospital (visitando ou sendo visitada)... Portanto, saberá o que estamos falando...

Conforme alguns especialistas, uma das melhores coisas deve ser a sinceridade (verdade com amor)... Infelizmente, muitas vezes, o paciente (como se gritasse por solidariedade com sensibilidade), pergunta quando sairá dali, como está, etc... Parentes e amigos (entre aspas) respondem (também entre aspas) que sairá logo, que está melhor, etc... É como se precisassem retirar um fardo das costas...

Parece que no caso dos pacientes (doentes ou enfermos), existe a preocupação de tranqüilizar a família, sabendo que fez o que estava ao alcance das mãos, pra dar o melhor de si pelos outros... Em relação aos parentes e amigos, existe a preocupação de decepcionar quem se encontra no leito daquele hospital dizendo que as coisas não estão bem, que não podem fazer nada...

Assim, entendemos que alguns visitantes estão mais preocupados consigo mesmos que com a dor de quem se encontra ali, algumas vezes desenganado pelos médicos, sem saber de nada...

Num momento assim, fica sempre a questão: PORQUE NÃO DESENVOLVEMOS RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS E RECHEADOS DE CONFIANÇA (sinceridade = verdade com amor), ao longo da existência???

Certamente, ofícios fúnebres e exercícios religiosos não poderão compensar a certeza que não desenvolvemos com a outra pessoa, um relacionamento cheio de momentos saudáveis, dignos de recordação, enquanto aqui estivermos suportando a ausência de quem ja se foi...