LAMENTO PELA PAZ!

LAMENTO PELA PAZ!

Delasnieve Daspet

Guerra é Guerra.

Não importa a sua violência,

ou a sua virulência...

Não existe desculpa para o descalabro...

As nossas guerras de todos os dias,

As nossas picuinhas,

As nossas maldades internas,

Nascem do rancor,

da mágoa, do recalque que é o homem...

É o homem mata!

Suas bombas cruzam o anil dos céus,

Toldam de cinza as tardes do mediterrâneo,

Pontes, casas, castelos,

crianças esparramadas pelos chãos,

quais bonecos jogados, esquecidos,

sonhos destruidos...

Elos que se quebram,

e que não serão recompostos!

Não interessa quem esteja certo,

quem esteja errado...

Nossa consciência nos cobra:

Não se cale!

Não permita que o amordacem,

que lhes toldem o sol,

que lhes matem o ar,

que lhes escureçam a lua!

Poeta, não permita

que o privem da liberdade!

E, é pelo Homem, o meu lamento!

Que o farfalhar das folhas leve meu soluço,

E abrace a imensidão azul de nossos sonhos

De Paz que ouso cantar,

Neste canto de recriação

que entrego ao vento!

Recriar... Reciclar... Novos horizontes...

Assumir decisões a cada dia, a cada instante,

Pois não existem estradas fáceis,

Mas a que esta adiante,

Construindo um caminhar...

É pelo homem, este solitário animal,

O meu lamento de Paz!

Campo Grande-MS - 05-08-2006.

Delasnieve Daspet
Enviado por Delasnieve Daspet em 14/08/2006
Reeditado em 30/12/2021
Código do texto: T216533
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