A TI, CORAÇÃO NO OUTRO

Somos da mesma cepa: librianos, e tentamos o Justo. O amor que temos um pelo outro, no melhor e mais fundo lirismo da palavra, nos permite a clareza dos fatos. Nossa vulnerabilidade está além do poema... Dividimos o amar na mais alta constelação... Ou vivo, há tantos anos, a me enganar? Só quem tem esta entrega pode vir a produzir a tua voz, Poesia, porque só nasces da cópula do amar. Meu coração fica feliz quando pretende saber do que está sendo gestado no teu. E engendra, cuidadosamente, o que a metáfora não diz, porém sugere. O tempo dirá do que és capaz, enquanto mulher e poeta. Os que assistem a estes amores pensam que somos falsos. E nos detratam... Poucos sabem avaliar a profundidade dos alumbramentos. Que fará das inoportunas entregas...

– Do livro ALMA DE PERDIÇÃO, 2009/10.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/2156799