Insônia

Hoje me deparei nas paredes, procurei a escrivaninha, pendurei-me no céu baixo do meu quarto. A madrugada vazava a noite, afunilava. Os ponteiros sem destino. Tudo estava parado, como antes. - Afinal, o que move? São as montanhas ou o amanhecer? Anormal. Classifiquei-me.

Com uma caneca rasgo poesias em linhas retas. Tudo sem freio, descontrolado, atormentado. Insônia. Com um pouco de inspiração de outrora ensaio umas palavras bonitas. O silêncio é o único barulho que incomoda. A luz acessa alumia o violão no canto, os livros ainda sem ler, alumia a velha cama e o velho delinear no papel agora.

Lembranças são janelas, atrevidas, fora do tempo.

Esperança de poeta.

Fabio Ferreira

fabiorusso7@hotmail.com